terça-feira, 26 de maio de 2009

TOLERÂNCIA ZERO COM AS MAÇÃS PODRES

Escolhi o Jornalismo por acreditar ser uma profissão digna, que tem um papel de extrema importância na sociedade. Capaz de promover mudanças, exercer um grande poder, mas que, em contrapartida, tem uma grande responsabilidade.
É indiscutível a capacidade de influência da mídia nas nossas vidas. Se você lê uma matéria, ou ouve que andar à noite por determinado bairro é perigoso, é provável que você evite andar por lá. Ainda há a busca pela previsão de tempo, antes daquela viagem no final de semana. Não percebemos o efeito da informação na nossa vida, mas ele está lá, presente no dia-a-dia.
Sempre pensei no Jornalismo como um ato de contar histórias. Histórias verdadeiras e contadas a um número inimaginável de pessoas, especialmente, com a invenção da Internet.
E o jornalista busca os detalhes dessas histórias. O mais interessante é que as pessoas acreditam nelas, porque há um compromisso implícito entre o profissional e a população, de ética, de imparcialidade, de dizer apenas a verdade.
Mas, infelizmente, o que se vê é que alguns maus profissionais, ditos “maçãs podres” vêm enlameando a profissão. Ainda não se deram conta de que seu papel é informar a população, de forma que ela possa emitir seu próprio juízo de valor.
O jornalista está se tornando um escravo da audiência e, com essa atitude, seu verdadeiro papel está ficando cada vez mais distorcido.
Quantas vezes não nos deparamos com profissionais, instruídos e moldados pelos “donos das mídias”, que contam suas histórias para influenciar o comportamento das pessoas em favor dos seus interesses. São lobos em pele de cordeiro, que se aproveitam da falta de senso crítico, desencadeada pelo ensino de péssima qualidade.
Ainda me causa aflição ver “jornalistas” que se submetem a falar da vida alheia. Especialmente, de famosos. Divulgam “informações importantes” da vida íntima das celebridades, casamentos, separações, depressões. Até as brigas entre namorados viraram notícia! É a corrida desenfreada pela audiência. E esse tipo de “notícia”, infelizmente, recebe milhares de acesso todos os dias.
Apesar da existência desses profissionais, tenho orgulho do Jornalismo e acredito que a maioria dos jornalistas é gente honesta, trabalhadora e enérgica.
Mas, de qualquer modo, é preciso repensar o papel do Jornalismo e do jornalista: se estamos sendo agentes transformadores, se estamos sendo capazes cumprir nosso papel, com o intuito de buscar melhoria para a sociedade. E, o mais importante, se temos compromisso com a verdade.
E, não podemos nos esquecer de que a existência da nossa profissão está diretamente ligada à nossa credibilidade.
Aos bons profissionais: aplausos!
Às “maçãs podres”: tolerância zero!

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