quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sintomas de que vivemos em uma sociedade doente: o papel do jornalista nessa sociedade


Tenho saudade de um tempo, e isso nem foi há muito tempo, que as pessoas tinham tempo umas para as outras, que o objetivo principal não era ter o melhor carro, a melhor roupa, a melhor casa, o melhor emprego.

Que ouvia o programa de rádio, que tocava boas músicas, noticiava coisas de interesse social. Que ligava a TV para assistir a programação e o que via e ouvia era algo mais leve, menos impregnado de barbáries, sangue, violência, corrupção. Com novelas, até gostava delas, onde as pessoas conversavam, não gritavam, umas com as outras, nem queriam trair, matar. Esse tempo existiu!

Hoje estamos envolvidos com os compromissos, agendas lotadas, palestras demoradas, filas intermináveis, trânsito caótico. Todos querendo saber muito e sabem quase nada. Uma superficialidade imensurável, porque acabamos fazendo muita coisa, mas sem qualidade. Essa é a modernidade, o caminho da loucura.

E, com toda essa correria, falta tempo de pensar nos valores que realmente são importantes, hoje “relativizados”, pois a banalização chegou a tal ponto que até comportamentos condenáveis são julgados com condescendência pela opinião pública. E, nesse ponto, entra a mídia com a sua responsabilidade social. Também o jornalista que precisa mensurar que a informação a ser mostrada ao público é realmente importante para o interesse da sociedade.

As coberturas jornalísticas estão doentias e torna doentia a sociedade. Falta juízo aos donos de mídia, principalmente quando falam de banalidades e minúcias e omitem o que seria útil. Desejos obscuros de lucro, status, poder fazem os profissionais da área de jornalismo esquecer o fundamento básico dessa profissão para a sociedade, que é o direito ser bem informado e o interesse público.

É um triste cenário! O relativismo moral assola tornando a sociedade eticamente doente, num país onde se aceita tudo com naturalidade, desde não se informe a construção real da verdade.

A mídia tem divulgado escândalos, porém, o desfecho desses escândalos geralmente termina em outro escândalo, e, nessa sequência, aceitamos a relativização da verdade. Em todo esse contexto é preciso que os jornalistas tenham consciência de suas verdadeiras funções para que não se tornem, apenas, produtores de mídia.

projeto de um site

Saiba mais sobre jornada de trabalho.
Você sabe quando vai tirar suas férias?

Saiba quando você recebe o seu décimo terceiro.
Saiba se você tem direito ao aviso prévio.


Se você é trabalhador rural ou trabalhador doméstico descubra seus direitos

no site: www.direitosdostrabalhadores.com.br

sabe por que? os direitos do trabalhador devem ser respeitados.


1 - NOME

www.direitosdostrabalhadores.com.br


2- OBJETIVOS


2.1 OBJETIVO GERAL

• Informar sobre os direitos básicos dos trabalhadores urbanos e rurais para o público que não tem conhecimento da linguagem jurídica.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Informar, de forma criativa, sobre direitos referentes a férias, décimo terceiro, FGTS, licença-gestante, aviso prévio, jornada de trabalho, trabalhador rural e trabalhador doméstico.
• Descrever as principais dúvidas sobre o assunto.



3 - JUSTIFICATIVA

Em geral, os sites que informam os direitos dos trabalhadores utilizam uma linguagem pouco adequada, ou seja, utilizam a linguagem jurídica. O site www.direitosdostrabalhadores.com.br terá como diferencial a linguagem acessível ao público que desconhece essa linguagem.
Para atingir o público jovem e também adulto, serão utilizados vídeos criativos que explicam de maneira clara e objetiva os direitos básicos dos trabalhadores.

4 - CONCLUSÃO
Quando se questiona alguém sobre o conhecimento dos seus direitos trabalhistas básicos, em geral há um desconhecimento. Criar um site criativo, que atinja o maior número possível de público e pensar no interesse público é o papel de todo bom jornalista.

5 -ORGANOGRAMA

JORNALISMO NA INTERNET - Planejamento e produção da informação on line

RESUMO DO LIVRO DE J.B. PINHO


ARPAnet - Os primórdios da Internet

A rede antecessora da Internet foi formada inicialmente pela conexão de computadores de quatro hosts, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), do Stanford Research Institute (SRI), da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara (UCSB) e da Universidade de Utah.
Os pesquisadores e cientistas envolvidos no projeto puderam começar a tarefa de identificar os principais problemas a serem resolvidos para que os computadores da rede fossem capazes de se comunicar entre si. Em primeiro lugar, era prioritário estabelecer conjuntos de sinais previamente determinados que abrissem os canais de comunicação, permitissem a passagem dos dados e, em seguida, fechassem os mesmos canais, padrões que foram chamados de protocolos.
O Transmission Control Protocol (TCP) e o Internet Protocol (IP) oferecem 4 bilhões de endereços diferentes e utilizam uma arquitetura de comunicação em camadas, com protocolos distintos cuidando de tarefas distintas. Ao TCP cabia dividir mensagens em pacotes de um lado e recompô-los do outro. Ao IP cabia descobrir o caminho adequado entre o remetente e o destinatário e enviar os pacotes. A ARPAnet adotou progressivamente o TCP/IP, que funcionou em paralelo com o NCP, até o dia 1º de janeiro de 1983, quando cada máquina conectada com a ARPAnet teve de passar a usar o novo conjunto de protocolos TCP/IP.
Os grupos de discussão multiplicaram-se rapidamente e a Usenet (grupos de discussão em que os leitores podiam compartilhar informações, ideias, dicas e opiniões) passou a utilizar cada vez mais a ARPAnet como principal canal de distribuição, o que obrigou à criação de mais um protocolo de transmissão próprio, o Net News Transfer Protocol (NNTP). Outra inovação aconteceu em 1980, com a formação da Because It’s Time Network (Bit-net), uma rede acadêmica da City University de Nova York, com conexão à Universidade de Yale, que utiliza sistemas de correio eletrônico e um mecanismo conhecido como “listserv”, que permitia aos usuários publicar artigos e subscrever mailing list especializadas em determinados assuntos enviado mensagen para um servidor de listas.

Web – a teia de alcance mundial

A web é provavelmente a parte mais importante da Internet e, para muitas pessoas, a única parte que elas usam, um sinônimo mesmo de Internet. Mas a World Wide Web é fundamentalmente um modo de organização da informação e dos arquivos na rede. O método extremamente simples e eficiente do sistema de hipertexto distribuído, baseado no modelo cliente-servidor, tem como principais padrões o protocolo de comunicação HTTP, a linguagem de descrição de páginas HTML e o método de identificação de recursos URL.
Em 1992, a Internet ultrapassou o número de um milhão de hosts e mais 13 países ligavam-se a ela: Antarctica, Camarões, Chipre, Equador, Estônia, Kuwait, Letônia, Luxemburgo, Malásia, Eslováquia, Eslovênia, Tailândia e Venezuela. A Internet Society é constituída como organização internacional para coordenar a Internet, suas tecnologias e aplicativos, tendo como um dos seus órgãos o Internet Arquiteture Board (IAB), um grupo voltado à supervisão e manutenção dos protocolos TCP/IP.
Em 1993, os meios de comunicação e o mundo dos negócios descobrem a Internet, enquanto a ONU inaugura sua página na rede, no endereço HTTP://www.un.org. a Casa Branca monta o seu site HTTP://www.whitehouse.gov e divulga o endereço eletrônico do presidente dos Estados Unidos (president@whitehouse.org). Os indicadores são espantosos: o tráfego na www cresce a uma taxa anual de 341,64%. O número de hosts da Internet dobra em um ano, atingindo 2 milhões em 1993, ocasião em que se conectam à rede a Bulgária, Costa Rica, o Egito, Fiji, a Indonésia, o Casaquistão, Quênia, Liechenstein, o Peru, a Romênia, a Rússia, a Turquia, a Ucrânia e as Ilhas Virgens.

Diferenças da Internet em relação à mídia tradicional

Os aspectos críticos que diferenciam a rede mundial das mídias tradicionais são a não-linearidade, fisiologia, instantaneidade, dirigibilidade, qualificação, custos de produção e de veiculação, interatividade, pessoalidade, acessibilidade e receptor ativo.

Jornalismo como processo social e como atividade profissional

No desempenho de suas tarefas, o jornalista percorre as quatro etapas básicas da atividade jornalística, assim descritas por Ward:
• identificar eventos, fatos, experiências ou opiniões que possam ser de interesse do seu leitor ou de determinada audiência;
• coletar as informações necessárias para desenvolver a ideia inicial e para verificar sua exatidão e relevância para o leitor;
• selecionar do material coletado as informações que forem de maior valor e interesse para o leitor; e
• ordenar e apresentar a matéria com total precisão e veracidade, de modo que informe, estimule ou entretenha o seu leitor.


Conceito operacional de jornalismo digital

As tecnologias de comunicação periodicamente resultam em significativas transformações na sociedade e causam grandes mudanças de hábitos e comportamentos. Cada um no seu tempo, o telégrafo, o telefone e o aparelho de fac-símile deixaram suas marcas no comércio, na vida profissional e no nosso cotidiano. Agora chegou a vez da Internet, oferecendo amplos recursos técnicos e um novo suporte para as diversas atividades.
Segundo Elias Machado Gonçalves, “o jornalismo digital é todo produto discursivo que constrói a realidade por meio da singularidade dos eventos, tendo como suporte de circulação as redes telemáticas ou qualquer outro tipo de tecnologia por onde se transmita sinais numéricos e que comporte a interação com os usuários ao longo do processo produtivo”.
O jornalismo digital diferencia-se do jornalismo praticado nos meios de comunicação tradicionais pela forma de tratamento dos dados e pelas relações que são articuladas com os usuários.

Regras de etiqueta da Usenet

O assunto de um artigo é a primeira coisa que as pessoas leem e por isso deve identificar corretamente o seu conteúdo, evitando generalidades do tipo “para sua informação” ou “Leia já”. Por sua vez, a adequação do artigo ao tópico em discussão no grupo de discussão é importante que ele desperte o interesse e a atenção. A certeza de que o artigo será lido, comentado e respondido tem como pressuposto inicial a sua conformidade ao assunto do grupo de notícias.
Da mesma maneira que os grupos de discussão, as listas de discussão possibilitam ao repórter monitorar a discussão de diversos assuntos em áreas específicas, podendo ainda nas suas mensagens enfocar ou levantar aspectos de seu interesse profissional nas questões em discussão. Nesse caso, uma recomendação ética sugerida por Nora Paul é que o usuário se identifique como um jornalista.

Formatos do jornalismo digital

O recente surgimento e desenvolvimento da atividade jornalística na Internet, como adverte o jornalista Leão Serva: “ainda espera um conjunto de procedimentos que consolide as diversas novidades impostas pelas características dos novos meios, e, ao mesmo tempo, aponte aquilo que, por ser essencial à atividade jornalística, permanecerá nestes novos meios”.
A primeira iniciativa partiu do Grupo O Estado de S. Paulo, que, em fevereiro de 1995, colocou a Agência Estado na rede mundial. No dia 28 de maio do mesmo, informa Moherdaui, coube ao Jornal do Brasil a primazia de ser o primeiro veículo a fazer uma cobertura completa no espaço virtual, seguido por outros títulos da grande imprensa, como o Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, O Globo, O Estado de Minas, Zero Hora, Diário de Pernambuco e Diário do Nordeste.
O papel (átomos) vai cedendo lugar a impulsos eletrônicos (bits) que podem viajar a grandes velocidades pelas auto-estradas da informação.

Sites de agências de notícias

A primeira agência de notícias surgiu nos Estados Unidos em 1848, quando representantes de seis jornais resolveram “usar o telégrafo para unificar as coberturas fora da região. Afinal, a tecnologia era cara demais para um único jornal” (Pereira Júnior). Nasceu então a Associated Press (AP), originalmente constituída em forma de cooperativa e que figura hoje entre as cinco agências de informação consideradas mundiais.
No mundo virtual, a empresa multinacional ainda mantém sites sediados em países como Áustria, Canadá, China, Egito, França, Alemanha, Grécia, Índia, Japão, Rússia e Espanha. O site da Reuters Brasil oferece um canal de notícias e de informações financeiras em tempo real e promove a comercialização dos seus produtos e serviços para a mídia (revista, jornal, rádio, televisão e internet) e para as instituições financeiras entregues eletronicamente com som e imagem.

Portais

O conceito de portal, relacionado com a Internet, nasceu no começo de 1998, para designar os sites de busca que, além dos diretórios de pesquisa, começaram a oferecer serviços de e-mail gratuito, bate-papo em tempo real e serviços noticiosos. Hoje os portais são entendidos como todo e qualquer site que sirva para a entrada dos usuários na World Wide Web, a primeira parada a partir da qual os internautas decidem os passos seguintes na rede mundial.

Sites de instituições e empresas comerciais

A forte influência que a mídia exerce sobre todos os outros setores da opinião pública – irradiando e inculcando neles suas atitudes e percepções a respeito da empresa e dos seus produtos e serviços – permite ainda dizer que os jornalistas são os mais multiplicadores dos públicos.
Os sites institucionais e corporativos empregam estratégias e os recursos on line que podem ser úteis para motivar a visita frequente ao site da empresa e ainda fazer os repórteres confiarem em uma informação objetiva e precisa.

Estratégicas e táticas na criação de sites

Os valores estratégicos presentes em um site de acesso são a identidade (relacionada com os esforços de construção da marca), impacto, audiência e competitividade, todos eles importantes a longo prazo.
A identidade encontra-se nos elementos que não somente permitem reconhecer a empresa ou o Publisher, mas deixam saber se o visitante está no seu site, não importando o ponto em que ele se encontra no momento.
O impacto é obtido ao se dar às pessoas algo que possam falar e comentar. A audiência pode ser entendida como um reflexo da capacidade de o site satisfazer ao target pretendido. Competitividade corresponde a características que mantêm o site na frente da concorrência.
Já os valores táticos são imediatamente visíveis nos sites como o design, conteúdo a produção e a utilidade.
Design – conseguir transpor os objetivos para o plano visual.
Conteúdo – matéria-prima do site.
Produção – aplicar os princípios técnicos da linguagem HTML.
Utilidade – fazer coisas dentro do site (participar de enquetes, preencher formulários, etc.).

Interface homem-máquina e usabilidade

Nos sites jornalísticos, os conteúdos organizam-se nos mesmos moldes dos órgãos de imprensa escrita, ou seja, são agrupados nas diferentes editorias, como política, economia, artes, esportes, ciência, educação, etc.
Conceitos de utilidade, facilidade de uso, facilidade de aprendizagem e apreciação.
Utilidade – capacidade que tem uma ferramenta para ajudar a realizar tarefas específicas.
Facilidade de uso – relação direta com a eficiência ou a efetividade, medida como velocidade ou quantidade de possíveis erros.
Facilidade de aprendizagem – medida de tempo exigida para trabalhar com certo grau de eficiência no uso da ferramenta, e para alcançar certo grau de retenção desses conhecimentos no caso de decorrer certo tempo sem o uso da ferramenta ou do sistema.
Apreciação – medida de percepções, opiniões, dos sentimentos e das atitudes gerados pela ferramenta ou pelo sistema.

Regras gerais de usabilidade

Na internet o usuário é quem manda. A qualidade se baseia em rapidez e confiabilidade. Segurança: procure fazer com que tudo funcione como um relógio para que as pessoas possam confiar no seu site. A boa página tem que ser simplificada, reduzida e otimizada. Bons conteúdos: escrever bem é uma arte. Duas regras devem ser seguidas: colocar as conclusões no começo e escrever apenas 25% de texto em relação ao que é normalmente escrito em papel. A leitura na tela é cansativa e mais difícil;por isso, reduza e simplifique tudo que for possível no texto on line.

Navegação no rumo certo

A barra de navegação é o recurso mais comum para orientar e localizar o usuário dentro do site. O mapa é um recurso muito utilizado para mostrar ao visitante o roteiro que ele pode seguir pelo site. Ele constitui em si mesmo mais uma ferramenta de comunicação com o navegante.
Também as ferramentas gráficas de navegação auxiliam grandemente o internauta a sentir-se seguro e aumentam a probabilidade do seu retorno. Por exemplo, botões de retorno de página ou ícones de volta para a home page colocados em cada uma das páginas do site são de grande valia.
André Manta discorre que “há até pouco tempo, a dissociação entre massivo e interativo era clara no âmbito da comunicação. Uma coisa ou outra. O telefone é interativo, mas não massivo, na medida em que é apenas uma extensão tecnológica no diálogo entre dois interlocutores; a televisão, o rádio, as mídias impressas são massivas, porém não interativas. O jornalismo na Internet é, no entanto, massivo e interativo”.
Assuntos polêmicos que geram discussão são os mais adequados para enquetes on line, que não têm o mesmo rigor científico de pesquisas de opinião.

Elementos de design

O design na web conta com alguns elementos essenciais: espaço em branco, combinação de cores, texturas, sequência, proximidade, alinhamento, balanço, contraste entre os elementos e unidade da página.

Espaço em branco

O balanço adequado entre o conteúdo versus espaço em branco é crucial em qualquer peça gráfica. Sem um bom balanço, os olhos ficam confusos, não há uma progressão visual para seguir e o leitor perde o interesse.

Combinação de cores

Além das palavras e das imagens, a cor é um importante elemento funcional. Ela pode intensificar tanto o texto como a imagem. Cor é fundamentalmente emoção e, nesse sentido, ela pode ser imprescindível.

Texturas

O cuidado básico é evitar texturas mais elaboradas pelas limitações da resolução dos monitores de vídeo.

Sequência

Diz respeito à condução do leitor pelos elementos da página. A movimentação pode se inicial a partir de qualquer lugar e depois controlar a sequência de outra maneira: abrindo novos caminhos e demarcando-os com clareza, para que os olhos não se percam.

Proximidade e alinhamento

É preciso estabelecer uma relação entre os elementos nos grupos e entre os grupos, o agrupamento possibilita ainda mostrar a hierarquia no layout e sugerir uma ordem de leitura. Portanto, a mensagem é mais bem transmitida e o acesso à informação é facilitado, pois o leitor se sente mais confortável.


Balanço

O balanço pode ser forma (simétrico) ou informal (assimétrico).
Formal – cada elemento que vai em um lado da página é repetido do outro, seja na horizontal ou na vertical.
Informal – os vários elementos da página se põem com pesos desiguais de um lado e de outro lado, sem ferir a ponderação do conjunto, pois essas partes desiguais são, na verdade, equivalentes entre si.

Contraste entre os elementos
O contraste é vital para conformar de maneira visual as intenções do designer. Quando não há contraste entre dois elementos em uma página, o seu resultado geralmente é insosso.

Unidade da página

A unidade deve ser o resultado natural da composição de todas as partes, de maneira que, visualmente, essas partes constituam um todo agradável e eficiente.

Cuidados especiais com o texto

É preciso preocupar-se com algumas normas de redação mais específicas:
Adjetivos: restringir o uso.
Anos e décadas: escrever por inteiro: 1996.
Aspas: usar quando houver necessidade de se atribuir um enunciado a determinada fonte.
Endereços: escrever por extenso, em caixa alta e baixa.
Evitar clichês ou metáforas elaboradas: o texto fica mais objetivo e facilita o entendimento do ciberleitor.
Horário: madrugada: 0h às 6h; a manhã, das 6h às 12h; 2h10min36s
Modismos: lugares-comuns devem ser banidos do texto, o que vale também preciosismos e formas rebuscadas.
Nomes próprios: evite abreviar.
Números: de um a nove devem ser grafados por extenso. A partir de 11, inclusive, use numerais.
Palavras estrangeiras: podem ser escritas em itálico.
Termos simples: usar termos técnicos apenas em trabalhos científicos, nos demais simplifique os termos.
Pronomes demonstrativos: melhor dar nome às coisas.
Pronomes indefinidos: pronomes devem ser evitados.
Repetições: repetições podem contribuir para a clareza.
Ter em mente leitores internacionais: tomar cuidado com o emprego de metáforas.
Usar verbos com significado preciso em lugar de locuções: escrever “decidir” em vez de “tomar uma decisão”.
Edição é fator de sucesso

Depois de seguir rigorosamente as etapas estabelecidas para o planejamento do conteúdo jornalístico e de produzir a sua história observando cuidadosamente as regras de redação aplicáveis ao seu trabalho, o próximo passo é o que se distingue realmente o bom jornalista: ele retoma novamente seu trabalho – como novos olhos e ouvidos mas com a mesma disposição inicial – para novamente editar, editar, editar!

INTRIGAS DO ESTADO - resenha

Esse é um momento de intensa crise no jornalismo, principalmente o impresso, onde muito se fala em redações cortando pessoal, anunciantes preferindo apostar em campanhas na internet e leitores deixando de pagar por exemplares e ler tudo de graça na internet, o filme Intrigas do Estado levanta uma questão importante: para onde caminha a imprensa mundial?
Questionamentos relevantes foram levantados: manchetes bombásticas capazes de vender mais exemplares, mas embasadas em meias verdades? Ou investigação a fundo, com todos os lados da história e bases factuais? Ou seja, hoje em dia, vale mais ser comercialmente viável ou ético e confiável?
Amizade, investigação e uma grande cortina de fumaça se misturam nessa trama, um relato próximo do dia a dia de milhares de jornalistas ao redor do mundo. São dois lados e, no meio das versões conflitantes, a verdade, que raramente vai a público.
O inciso III do artigo 11 do Código de Ética do Jornalismo é claro quanto especifica que o jornalista não pode divulgar informações obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração.
Foi possível verificar que os repórteres estavam empenhados em averiguar as informações de forma clara e limpa, porém a questão do interesse público e o deadline fizeram com que fosse usado o instrumento das gravações de imagens de um dos envolvidos, em conformidade, portanto, com a conduta ética do código.
Recentemente a revista deu destaque em sua capa para a matéria INTRIGAS DE ESTADO. Veja teve acesso a conversas entre autoridades da pasta do Ministério da Justiça que revelam a dimensão do desprezo petista pelas instituições. Os diálogos mostram essas autoridades incomodadas com a natureza dos pedidos que vinham recebendo do Palácio do Planalto. As gravações são legais e foram periciadas para afastar a hipótese de manipulação.
Uma frase marcante da reportagem na revista cita o “ensinamento” de Franklin Martins, Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, que diz “às favas com a ética” quando ela interfere nos interesses políticos e partidários dos atuais donos do poder.
Voltando à ficção, o filme Intrigas do Estado propõe um casamento entre dinamismo e responsabilidade. Há também a questão dos pontos positivos da reportagem on line e do impresso. Num primeiro momento, a relação entre os jornalistas parece ser um conflito impresso versus on line, mas na realidade há um conflito entre escolas diferentes do jornalismo. Pois, o que se percebe é uma relação mestre-aprendiz.
O que une os dois jornalistas é a busca de uma boa história, que se aproxime o máximo da verdade. Demonstrando que independentemente do meio, das tecnologias e da época, o básico do jornalismo continua de geração a geração.
Outra importante e profunda questão levantada pelo filme é sobre o conflito de interesses no jornalismo, sobre um jornalista cobrir um assunto em que o seu amigo está diretamente envolvido, além dos eternos relacionamentos, todos tênues e tensos, entre políticos e jornais, entre polícia e jornalistas, entre fontes e jornalistas. Onde um acaba usando o outro.
Voltando ao ponto antes discutido sobre o jornalismo impresso e on line, o primeiro fica em vantagem quanto ao segundo na questão da seriedade. A Internet cria a ilusão de relevância e abrangência com seus milhões de cliques, mas atinge, ainda, uma pequena camada da população.
Intrigas de Estado defende um novo formato mesclando as duas mídias, mas deixa uma mensagem importante: seja jornalista ou blogueiro, informação é uma só e tratá-la com cuidado é fundamental. E essa lição, os “jornalistas virtuais” ainda precisam aprender a averiguar, revisar e reportar, em vez de “postar”.
A crise ainda está distante de acabar, seu desfecho está nas mãos dos leitores – afinal, é deles a escolha pelo formato e tipo de produto – e é importante levantar essa discussão, especialmente enquanto parte da imprensa continuar fazendo vista grossa da situação atual vivida.
A grande mensagem do filme engloba, entre tantas outras, que a liberdade de expressão e a construção da verdade são fundamentais. Ainda que elas incomodem, é preciso respeitá-las, protegê-las e nunca pensar que só as autoridades têm razão, caso contrário, haverá restrição e engessamento da informação e isso, consequentemente, pode levar a um só caminho: para o desastre.