segunda-feira, 10 de maio de 2010

INTERCÂMBIO VIROU MANIA ENTRE OS ESTUDANTES

Além de aprender novas culturas, quem participa das viagens volta mais amadurecido, tanto na vida pessoal quanto na profissional

LUZIA GONÇALVES E BÁRBARA CENI - COLABORAÇÃO 3º SEMESTRE

Quem não conhece pessoas que querem ou já quiseram fazer intercâmbio? Talvez até você tenha essa vontade. Mas, por que fazer intercâmbio? Para conhecer outros países, porque é legal conhecer outras culturas? Enfim, respostas evasivas que não revelam a real importância de fazer intercâmbio.

Para fazer um intercâmbio é preciso estar disposto a se transformar, a desafiar sua visão do mundo, a crescer, tanto profissional, como emocionalmente. Isso porque durante a viagem você terá que se adaptar a novos padrões e costumes, vai enfrentar situações adversas e, até mesmo, sofrer preconceitos por ser de uma cultura diferente. E você não terá sua família e os amigos por perto para lhe dar apoio.

“Foi uma experiência difícil, principalmente nos três primeiros meses, porque vivi a vida inteira com meus e vai morar sozinha em outro país é bastante complicado”, conta Annye Herradon, que fez um intercâmbio por nove meses em Cambridge, na Inglaterra, e conheceu também a Irlanda, Escócia, França e Holanda.

Annye fez o intercâmbio pelo sistema de host family, em que o intercambista convive com uma família no exterior. É como se lhe dessem uma casa, longe de casa. Juntos, há a oportunidade de viajar, celebrar feriados, vivenciar eventos culturais e participar da comunidade. Enfim, é uma rica troca de experiências.

Para ela, a maior dificuldade foi a questão do contraste cultural. “Esse eu acho que é o maior choque. As roupas, o clima, a comida, as refeições, horários, educação, estudo e até os carros”, arremata Annye.

Viagem recente
Débora de Moura Santos, professora de inglês, acabou de chegar de um intercâmbio. Ela relata que a maior dificuldade encontrada por seus companheiros foi com a língua. “Sair do país, sem ter uma base, ao menos o nível intermediário da língua, o aproveitamento é quase nenhum”, explica a professora.

Ela lembra que por muito tempo o intercâmbio era elitizado, mas hoje se tornou acessível devido aos programas de estágio, pela redução das tarifas aéreas e pela estabilidade da moeda que facilitam o pagamento do programa escolhido.

Por esses motivos, Ellen Rocha, que é acadêmica de jornalismo, pretende fazer intercâmbio no Canadá. “Minha cunhada fez no ano passado, desde então comecei a me planejar. Andei olhando os preços nas agências, mas eles não especificam muito a princípio”, comenta a acadêmica.
A estudante explica que ainda não tem um roteiro pronto, mas, que seu principal objetivo é aprender com fluência uma nova língua, desvendar culturas diferentes, trabalhar e estudar. Enfim, conhecer como é o estilo de vida canadense.

Se você tem vontade de fazer um intercâmbio, pense que será muito mais do que simplesmente viajar para outro país. Você estará prestes a se transformar, tornando se uma pessoa mais consciente, que a experiência lhe trará crescimento pessoal, profissional e emocional. E, transformando-se, você poderá ajudar a tornar o mundo em algo melhor.

Programa para quem quer fazer um baixo investimento


Um sistema bastante utilizado pelos estudantes é o chamado au pair. Nesse tipo de programa o intercambista mora com uma família, tem um quarto próprio, faz as refeições na própria casa e recebe um salário para cuidar de crianças, brincar com elas, preparar o lanche, dar banho e organizar a “bagunça”. Principalmente nos finais de semana é possível viajar, conhecer lugares diferentes, pois o compromisso de trabalho é de 30 a 45 horas semanais. Ideal para quem quer aliar trabalho, estudo e lazer.

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